ISQ CELEBRA 60 ANOS PROMOVENDO ARTE E CULTURA NA SUA SEDE

Exposição de Esculturas de Moisés Preto Paulo

Para assinalar seis décadas de inovação e excelência, o ISQ, numa fusão entre Arte, Cultura e ambiente corporativo, inaugura no próximo dia 23 de Setembro, às 17h, uma mostra de 21 esculturas selecionadas do artista Moisés Preto Paulo, que se encontram expostas na sua sede, edifício Siza Vieira, e nos seus jardins até ao final do ano. De realçar as figuras portuguesas representativas da memória portuguesa que atravessam os campos político, religioso e cultural e ainda ofícios típicos de Portugal.

Esta iniciativa integra o projeto ART@WORK, iniciado pelo ISQ em 2019, que transforma o edifício sede num espaço onde a arte convive com o quotidiano profissional dos Colaboradores e Clientes e que ficará presente até ao final do ano.

O ISQ posiciona-se, assim, na vanguarda das organizações que encaram a Cultura como um motor de motivação, criatividade e produtividade. A iniciativa ART@WORK demonstra que a inovação não se faz apenas com tecnologia, mas também com emoção, reflexão e inspiração, ingredientes essenciais para qualquer empresa que pretende liderar o futuro.

Com esta exposição, o ISQ celebra o passado, vive intensamente o presente e projeta um futuro onde a arte e o trabalho coexistem de forma harmoniosa e transformadora. “Contemplar Arte é como olhar para uma janela e ver o Futuro. E por isso esta celebração e esta exposição vão-nos ajudar a projetar o futuro da nossa organização”, sublinha Pedro Matias, presidente do ISQ. “Ao integrar elementos artísticos no dia-a-dia das empresas, as organizações criam um ambiente propício ao pensamento criativo e à geração de ideias disruptivas. A arte e a cultura oferecem assim, uma forma única de interação, capaz de inspirar toda a cadeia de produtos e serviços das empresas. Quando expostos a diferentes formas de arte somos motivados a pensar fora da caixa”, complementa Pedro Matias.

“Tenho um respeito telúrico pela pedra.  Muitas vezes aproveito os seus defeitos, as fissuras… para projetar toda a intervenção. Mesmo quando outros materiais são aplicados, tal como o aço, é no sentido de realçar as formas e as vibrações e permitir transmitir a leveza da pedra sempre de uma forma aparentemente frágil e transparente”, explica o escultor Moisés Preto Paulo.

Nos corredores do ISQ, esculturas, colagens, fotografias e stencils de autores como Siza Vieira, Charles do Rosário, Calnegre, SOS Stencil, Rico Sequeira e Alexandre Albuquerque desafiam os espaços corporativos e oferecem novas perspetivas a quem circula.

Pode ainda admirar-se a exposição de banda desenhada “APRETO EBRANCO”, composta por 200 desenhos originais dos maiores autores internacionais de Banda Desenhada e que fazem parte da coleção privada do artista Rico Sequeira.

Sobre Moisés Preto Paulo

Nasceu em 1963 em Almada. Fez o curso de escultura na Escola superior de Belas-Artes de Lisboa e é sócio fundador do Centro Internacional de Escultura em Odrinhas, Sintra.

A escultura de Moisés Preto Paulo lembra uma construção cénica. As suas esculturas contam sempre uma história. Remetem para personagens, sítios, emoções, despertam memórias.

Na escultura tradicional em pedra, quase sempre a base é maior, mais pesada, sendo desenvolvida em “pirâmide”, onde os elementos vão sendo cada vez mais leves até ao seu vértice. Em vez disso, o artista, numa abordagem mais contemporânea, inverte o método, colocando elementos mais delicados na base e alcançando a extremidade apondo elementos mais volumosos, transmitindo assim uma sensação de leveza.

A preocupação com a leveza, a necessidade de projetar o etéreo, torna-se mais evidente nas peças em que a base é construída em aço pintado que suporta os elementos em mármore. O aço é cortado, moldado e soldado a partir de estruturas já existentes, quase um “ready-made”, não fosse ele intervencionado, deixando apenas algumas formas do original. A sua estrutura final é de tal forma aberta e “transparente”, apoiada em pés tão finos que parece prestes a soçobrar com a carga dos mármores esculpidos e assemblados, tendo em conta as cores naturais da pedra e os diversos tratamentos da superfície, fazendo com que a peça remeta igualmente para uma leitura cromática.

Outra característica do trabalho do Moisés é dar nome às suas obras, geralmente composto por duas palavras interligadas por um hífen, para lhes conferir uma unidade.

Embora parta de estudos prévios de composição e estrutura, e muitas vezes à partida com uma temática subjacente, raramente há uma rigidez na sua conceção, guardando também para si próprio a descoberta de representações que até aí pareciam escondidas. E o nome surge após a peça estar concluída, não como elemento que a titula, mas, antes, segundo o próprio artista, representando uma extensão dela.

As palavras utilizadas não são de uso corrente. São achadas, também noutras línguas, podendo cada uma remeter para vários significados. Por exemplo, na escultura Undicola-Sibila, Undicola é habitante das águas e Sibila é uma mulher que faz profecias. Sibilas eram mulheres oraculares da mitologia grega e seriam dez… porque não criar mais uma habitando as águas?

Moisés Preto Paulo convida quem contempla a sua obra a praticar um jogo lúdico, conduzindo às mais diversas leituras. É o mesmo Moisés que gosta de dar, literalmente, movimento às pedras, fazendo-as girar em eixos, pondo‑as a flutuar ao vento penduradas em hastes flexíveis de metal, como se pode observar no Xerófito‑Dióico.

Para o Moisés a pedra é leve!