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Competências em Gestão do Risco é uma aposta estratégica

Num mundo em mudança, tratar os riscos passou de uma necessidade técnica a uma questão estratégica para as empresas. Acompanhando as mudanças do mercado, o ISQ desenvolveu soluções formativas na área do risco que dão resposta às necessidades das organizações.

O mundo está a mudar. Os mercados e os produtos mudam com uma enorme celeridade, as incertezas aumentam e os negócios têm também de mudar. Neste cenário, as empresas precisam de se adaptar, sobreviver, inovar e crescer: requerem novos processos, novos equipamentos e novas eficiências. Tudo isto com segurança e fiabilidade.

Neste “novo mundo”, os riscos também não são os mesmos de há cinco anos. A gestão do risco, e sobretudo gestão do risco integrada, assume assim uma importância crítica nas organizações. Isto acontece porque a incerteza tende a aumentar e deve ser identificada, analisada, avaliada e bem gerida para que o negócio seja sustentável, sem riscos para pessoas, bens, equipamentos e com impactos benéficos nos mais diversos stakeholders.

Conhecer e tratar os riscos deixou de ser uma necessidade técnica e transformou-se numa questão estratégica para as organizações, já que a gestão do risco passou a ser uma área transversal ao negócio, com impacto relevante na segurança das pessoas, longevidade dos equipamentos e infraestruturas e maior eficiência do negócio.

O PAPEL DO ISQ NA GESTÃO DO RISCO

O ISQ tem acompanhado as mudanças do mercado e toda a sua a equipa de peritos, formadores e consultores aposta em técnicas e ferramentas para integrar as diretrizes da ISO 31000 a qualquer sistema de gestão. Neste esforço integram-se as novas normas ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e ISO 45001:2016, bem como as normas aplicáveis à indústria 4.0: e.serviços, IoT (Internet of Things), automação, nanotecnologias, 3D printing e manufatura aditiva.

O impacto deste esforço faz-se sentir em toda a cadeia de valor e eficiência de processos, dando aos gestores e às chefias de todos os níveis as informações necessárias para tomarem decisões em linha com as principais normas e padrões internacionais. É o caso, por exemplo, da automação da gestão da segurança da informação e de vulnerabilidades em TI ou gestão de riscos operacionais e corporativos (ERM – Enterprise Risk Management).

A análise de riscos, compliance e continuidade de negócios deve ser, por isso, uma aposta das empresas portuguesas de todos os setores de atividade, com especial atenção para as empresas que já operam na indústria 4.0.

A gestão do risco, nas mais diversas vertentes, é claramente uma das áreas core do ISQ, como se pode verificar ao longo desta edição da Revista T&Q. Como tal, é também uma das áreas importantes das soluções formativas que oferecemos às organizações portugueses e estrangeiras de todos os tipos e dimensões, incluindo organizações públicas.

São inúmeras as áreas formativas presentes no catálogo do ISQ, disponíveis em diversas cidades portuguesas ou num modelo totalmente construído à medida de cada empresa ou organização, num contexto de parceria e de partilha de recursos e de ecossistemas entre o ISQ e o seu cliente ou parceiro.

FORMAÇÃO EM PARCERIA COM AS EMPRESAS

Vários têm sido os projetos de formação desenvolvidos em parceria com as empresas na área do risco. Na Galp Energia, por exemplo, o foco incidiu na área ambiental e segurança. Já na Açoreana Seguros a formação centrou-se em skills card ambiente e segurança. Por sua vez, na Siderurgia Nacional, a formação apostou na safety card em segurança na condução de equipamentos.

Nestes e noutros casos, o objetivo é construir projetos de qualificações em competências críticas de segurança dos trabalhadores ajustados ao modelo de negócio, de serviços e de riscos específicos existentes em cada empresa. Esta é uma aposta que reflete claramente um estado de maturidade quer na gestão de competências e talentos, quer na gestão de riscos. Qualquer uma destes sistemas de skills card, de aquisição, validação e gestão de competências dos trabalhadores constitui uma valorização do capital humano que é crítica para a prestação de serviços de qualidade, reduzindo riscos de incidentes e acidentes, evitando impactos ambientais gravosos e evitando desperdícios com custos de formações desnecessárias e não atrativas para os trabalhadores.

Neste contexto, as atitudes e competências individuais e corporativas de segurança (incluindo safety e security) posicionam-se na linha da frente em qualquer organização: qualquer incidente interno ou com impactos externos no consumidor (pessoas ou empresas) e na sociedade e nos stakeholders pode aniquilar uma empresa em dias ou semanas.

Neste contexto, há alguns anos, o ISQ construiu um sistema de certificação nacional de competências em segurança, o Passaporte de Segurança, permitindo a aquisição e certificação de competências de segurança a todos os trabalhadores que entram numa empresa.

ISQ APOSTA NA FORMAÇÃO EM ÁREAS DO RISCO

A oferta formativa do ISQ reflete a aposta do instituto na área da gestão do risco.

Para além das formações ajustadas às necessidades das empresas, são inúmeras as soluções formativas em formato standard no catálogo de formação, destacando-se os seguintes cursos:

  • Risk management
  • Integrated risk management
  • Análises e gestão de falhas
  • Ferramentas de controlo e de gestão e de resolução de problemas
  • Modelos lean e de eficiências organizacionais
  • Gestão da manutenção e de equipamentos
  • Segurança e proteção das pessoas e trabalhadores
  •  Segurança e proteção de dados » Auditorias de sistemas

PASSAPORTE DE SEGURANÇA

Menos risco, mais prevenção, mais confiança, mais qualidade e mais segurança. São estas as garantias do Passaporte de Segurança, um sistema de certificação nacional gerido pelo ISQ e que é apoiado por dezenas de grandes empresas portuguesas.

As empresas que aplicam o Passaporte de Segurança garantem que os seus trabalhadores adquirem competências mínimas em matéria de segurança e saúde no trabalho. Ou seja, conhecem os riscos mais frequentes em meio laboral e as respetivas medidas de proteção.

Como já acontece em países da União Europeia – caso do Reino Unido, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Finlândia -, Portugal adotou este sistema há 17 anos, num projeto desenvolvido e implementado pelo ISQ. Ao todo são já 70 000 os trabalhadores com esta certificação. Para isso, é necessário frequentar um programa de formação de 14 horas, que inclui matérias como direitos e responsabilidades em segurança e saúde no trabalho, práticas de trabalho seguro (trabalhos em altura, espaços confinados, riscos elétricos, substâncias químicas, entre outras) ergonomia e controlo de riscos no local de trabalho.

Ao aplicarem o Passaporte de Segurança as empresas contam com:

  • Sistema testado com sucesso em diversas empresas de referência
  • Avaliação competente da aprendizagem e dos resultados da formação
  • Rigor e transparência na certificação de competências básicas de segurança e saúde no trabalho
  • Conteúdos programáticos continuamente revistos e adaptados às necessidades das empresas
  • Programa alinhado com outros esquemas de certificação internacionais
  • Sinergias e padronização de uma solução de desenvolvimento de competências

 

Por: Margarida Segard, adjunta da Direção do ISQ Formação e Marisa Pais, gestora de projeto Passaporte de Segurança

 

 

 

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