O que significam os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos à Humanidade pelas Nações Unidas?
Significam que todos nós, cidadãos livres e responsáveis, somos chamados a combater a desatenção e a indiferença, tornando-nos parte ativa na realização de uma vida melhor, mais justa e com melhor qualidade.
Todos nos lembramos de muitas fábulas. Esopo, Fedro ou La Fontaine contaram-nos de modos diversos a nossa relação com a natureza e com os outros. Muitas vezes tivemos de as refazer, para as adaptar ao nosso tempo, mas em cada uma há uma lição ligada à Humanidade.
“Sustentabilidade” é cuidado e atenção, pensamento e ação, ideias e tempo.
Sobre os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, importa mobilizar vontades, reunir exemplos e experiências.
Como poderemos esquecer o dever de acabar com a pobreza? Como combater a fome, de crianças e pessoas como nós que não têm o essencial para se alimentar? Como asseguramos saúde de qualidade para todos, pondo as maravilhas da medicina ao serviço de toda a Humanidade? Como tornamos a aprendizagem e a educação para todos o verdadeiro fator de progresso? E a igualdade de género, como ajudaremos os outros para que não haja discriminação e exclusão? Compreenderemos que a água potável e o saneamento são cada vez mais necessários, como direitos elementares de todos? Como teremos na sociedade que desejamos energias limpas, renováveis e acessíveis? E o trabalho digno, como fator de riqueza e de valor, permitirá criarmos uma economia melhor e mais justa? Como teremos indústria, inovação e infraestruturas de qualidade ao serviço do bem comum? E seremos capazes de reduzir as desigualdades entre todos e de combater as discriminações? E as cidades em que vivemos, como corresponderão a comunidades sustentáveis, em que tenhamos ambiente bom, serviços bons e acolhedores e boa convivialidade? Produziremos e consumiremos com sustentabilidade, sem destruir irreversivelmente o único planeta que nos é dado para viver? E a ação climática, como preveniremos o aquecimento global e a destruição da vida?
A atenção e o cuidado são uma obrigação que não podemos esquecer. A proteção da vida marinha não pode passar-nos despercebida. A vida terrestre tem de ser protegida. A natureza e a paisagem, todos os seres vivos, toda a memória são bens e valores insubstituíveis.
Como poderemos sobreviver se não houver uma cultura de paz ou se não tivermos mais e melhor justiça e instituições eficazes, capazes de nos ouvirem e representarem, como mediadoras e mobilizadoras de uma cidadania responsável?
Mas nada disto será possível sem nos darmos as mãos – sem parcerias que possam concretizar todos estes objetivos generosos, mas muito difíceis. Eis por que razão é importante estarmos de olhos e ouvidos bem alerta para defendermos o que não tem preço, o que não se compra nem se vende, porque corresponde ao que tem mais valor – desde a força da amizade e do amor à capacidade de entendermos que os outros fazem parte de nós!
Quais são os objetivos de desenvolvimento sustentável?
A Agenda 2030 da ONU propõe 17 objetivos prioritários para os 169 países que reconheceram a urgência de criar um futuro global mais sustentável,digno e com igualdade social:
• erradicar a pobreza • erradicar a fome • saúde de qualidade • educação de qualidade • igualdade de género • água potável e saneamento • energias renováveis e acessíveis • trabalho digno e crescimento económico • indústria, inovação e infraestruturas • reduzir as desigualdades • cidades e comunidades sustentáveis • padrões de consumo e produção responsáveis • ação climática • proteger a vida marinha • proteger a vida terrestre • paz, justiça e instituições eficazes • parcerias para a implementação dos objetivos
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, abrangendo 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Estes objetivos têm uma natureza universal e inclusiva e são medidos através de uma lista de indicadores globais adotada pela ONU, num total de 244. No relatório de 2019, a ONU salienta que, embora haja uma evolução, as zonas mais afetadas continuam a ser os continentes africano e sul-americano. O maior progresso verificou-se no ODS 8, no indicador que mede a capacidade de “Sustentar o crescimento económico per capita”.
Sendo um projeto iniciado pelo ISQ, o insight está aberto a contributos de todos que queiram participar e possam trazer a sua visão, estudos científicos e opinião fundamentada para enriquecer os temas e o debate.
Se a sua atividade está ligada à investigação ou à análise e implementação de medidas nos tópicos aqui debatidos, contacte-nos com o formulário anexo.
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