ISQ CSG Kourou 13

ISQ testa foguetões no centro aerospacial da Guiana Francesa

O ISQ está presente na Guiana Francesa com equipas de controlo de qualidade e segurança e acompanha as operações, a preparação das cargas úteis e dos lançadores (foguetões). É a única entidade portuguesa presente, em permanência, no Spaceport de Kourou.

A engenharia portuguesa tem vindo a consolidar a sua presença e é hoje uma referência no Centro Espacial Europeu onde são lançados os foguetões de três sistemas: o Ariane 5, o Soyuz e o Vega. Este centro espacial tem uma quota de mercado mundial de satélites geoestacionários civis superior a 50%, o que significa que mais de metade dos satélites orbitais destinados a assegurar serviços que vão desde as telecomunicações, internet e observação da terra colocados em órbita nos últimos anos tiveram o acompanhamento das equipas do ISQ.

Portugal, através do ISQ, integra um consórcio Industrial (GIE – Grouping of European Companies), que acabou de ganhar um contrato para montagem, integração e teste de foguetes no CSG, o que representa uma faturação superior a €3 milhões. Este contrato assegura as atividade da equipa do ISQ em Kourou pelo menos até 2022 e torna esta uma das áreas mais internacionalizadas do ISQ.

Segundo refere Paulo Chaves, responsável no ISQ por esta área “Os especialistas em engenharia espacial de diferentes países estão em Kourou durante períodos médios de três a seis meses, porque as condições meteorológicas são difíceis de suportar naquela zona equatorial, mas os portugueses têm uma melhor capacidade de adaptação àquele tipo de clima e são provavelmente o grupo de engenheiros que tem tido uma permanência mais prolongada no centro espacial”, refere. As línguas mais faladas – o francês e o português do Brasil – também não são entraves para os portugueses.

Na área do aerospacial, o ISQ tem também em curso um projeto de desenvolvimento de tecnologia, para a ESA, cujo objetivo é identificar alternativas aos revestimentos com crómio assim como integra um consórcio, liderado pela portuguesa Amorim Cork Solutions, que está a desenvolver uma cápsula que utiliza cortiça e que vai permitir recolher de forma mais eficaz e eficiente amostras em Marte.

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